Candeias: Pesquisa Veritá que vai ser divulgada da oposição tem histórico de erros, manipulações e impugnações no Brasil
Na última terça-feira (24), o Instituto Veritá registrou uma nova pesquisa de intenção de voto para o cargo de prefeito em Candeias. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional o
Eleitoral da Bahia (TRE-BA), e o custo do levantamento é de R$ 19.000,00. O resultado está previsto para ser divulgado hoje (30) de setembro, conforme informado no sistema da Justiça Eleitoral.
O Instituto Veritá foi contratado pela rádio CBN através do Sistema Cruzeiro de Comunicação, sediada em Nazaré, administrada sob arrendamento pelo apresentador André Spínola, ex-baiana FM, que declarou apoio a candidata a prefeita pelo PT, Marivalda da Silva. Adversário do atual prefeito, Dr Pitágoras, André publicou um vídeo em sua página afirmando que iria publicar uma pesquisa onde a sua candidata estaria à frente, mesmo com todos os levantamentos registrados no TSE mostrando o contrário.
O Veritá acumula um histórico de erros e impugnações. Em eleições anteriores, suas pesquisas frequentemente divulgavam dados que favoreceram candidatos de direita. Agora o instituto emprestou seu nome para claramente divulgar uma pesquisa para favorecer Marivalda que tem a Bolsonarista Tonha Magalhães de candidata a vice.
Em 2014, por exemplo, o instituto divulgou que o então candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) liderava com 53,2% das intenções de voto contra 46,8% de Dilma Rousseff (PT). No entanto, Dilma foi reeleita com 51,64% dos votos válidos. Em 2022, uma pesquisa apontava Jair Bolsonaro (PL) à frente no segundo turno com 51,5% dos votos válidos, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 48,5%. No resultado final, Lula venceu com 50,90% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro ficou com 49,10%.
Processos, impugnações e erros metodológicos
Em 2016, o instituto enfrentou 12 ações judiciais relacionadas às suas pesquisas. Diversos despachos judiciais destacaram erros graves e distorções nas conclusões apresentadas.
Em Araguari-MG, nas eleições municipais de 2012, uma pesquisa do Instituto Veritá foi impugnada por não considerar variáveis importantes, como escolaridade e nível econômico dos entrevistados. A juíza da 16ª Zona Eleitoral registrou um erro matemático entre o nível de confiança de 95% e a margem de erro de 4,4%. A falta de distinção entre eleitores com voto facultativo também foi apontada como falha.
Em 2016, outra pesquisa do Veritá em Santa Cruz das Palmeiras-SP foi questionada pela coligação “Emprego e Desenvolvimento”, que apontou a ausência de informações sobre bairros pesquisados e inconsistências na metodologia. A pesquisa foi considerada inválida por utilizar dados de fontes variadas e aplicar amostragens conflitantes.
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